Quarta-feira
(Escrito por Gustavo Rocha, numa quarta-feira de Julho de 2022)
Hoje é quarta-feira,
De um mês chamado de Julho,
Metade de um ano inteiro,
Completude de um tudo;
Amanhece nublado lá fora,
Distante do que está aqui dentro,
Quietude da serenidade adquirida,
Após anos de desespero;
Somos tantos e somos um,
Num universo íntimo múltiplo e desigual,
Tudo junto e misturado,
Alma, corpo, mente e sal.
Salgado sinônimo do suor, esforço da nossa vida,
Também simbologia da renovação do mar,
Ambiguidade nossa de cada dia:
Somos tão intensos, porque nos falta o amar?
Quiçá pela vaidade,
Outrossim orgulho do que acreditamos ser verdade,
Piedade Senhor da nossa ignorância!
Parece que pra tudo precisamos de significância…
Amar é ser em si essência e doar a abundância do seu ser, por assim dizer;
Amar é sentir em si, a si mesmo, e quem sabe a outro ser dividir o exarado de si;
Amar é verbo e adjetivo, não aceita ser substantivo;
Amar é ser você mesmo e aceitar que outros serão diversos e mesmo assim belos;
Amar… Pare com definições e julgamentos!
Ame. Agora. Incondicionalmente. Você.
Outras pessoas virão se você permitir.
Primeiro, ame você, seus jeitos, trejeitos.
Assim como fiz nesta quarta-feira,
Amando as palavras que brotam da minha vicissitude,
Dizendo a você bom dia em prosa e verso,
Num hino, ode do meu amor!